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Portfólio de Filosofia

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Noções basicas de logica

Não precisamos de saber lógica para raciocinar.
A lógica pode ser importante para que a nossa mente se desenvolva com rigor e correcção
.

Qual é o objectivo da lógica?
É estudar as condições sob as quais se pode estabelecer a validade de um raciocínio.


Definição de lógica:
É o estudo dos métodos e dos princípios usados para distinguir o raciocino correcto de raciocínio incorrecto.


Validade material: um pensamento ou juízo tem validade material quando o seu conteúdo ou matéria se conforma coma realidade. Dizemos então que se trata de um juízo verdadeiro.
Validade formal: um pensamento tem validade formal quando os elementos que o constituem, (conceitos no juízo, juízos no raciocínio) formam um todo coerente sem contradição interna e sem incompatibilidade.


Todos os homens são mortais
Homens: sujeito
Mortais: predicado
São: copula


Regra da compreensão e da extensão dos termos: quando a extensão é mínima a compreensão é máxima e vice-versa.

Definição: Classificação lógica. Definir é indicar de entre as suas propriedades, as que bastem para dizer o que a coisa é e distingui-la do que não é. Género + espécie + diferença específica
A classificação vai do termo com maior extensão para o de menor extensão.


Regras da definição:
Termo do conceito da definir não pode entrar no corpo da definição e não se pode recorrer a palavras da mesma família;


A definição tem que ser mais clara que o definir;

A definição deve convir inteiramente a todo o definido mas não a mais;

Se o conceito é positivo, a definição devera ser positiva. Se o conceito é privativo a definição e toma normalmente a forma negativa;

A definição deve ser tão breve quanto possível sem prejudicar a compreensão necessária do conceito;

A definição faz-se pelo género próximo e pela diferença específica;

sábado, 30 de janeiro de 2010

Resumo das últimas aulas

Teoria Deontológica

O critério é o respeito pelos princípios.
São as que fazem depender a moralidade ou imoralidade de uma acção do respeito pelos princípios.


Devemos agir por obediencia
a Regras (dadas pela consciência).

Ex.: Para Kant, defensor de uma teoria deontológica, mentir é errado por princípio, ainda que do acto de mentir resultem benefícios.

Kant pergunta:

Qual a razão porque agimos de uma determinada forma, ou seja, qual foi a intenção da acção?

Vantagens

Existência de princípios universais de conduta.

Desvantagens

Posição abstracta, não adequando os princípios a cada situação concreta (demasiado rígida).

Dimensão ético-moral


A dimensão ético-moral ajuda-nos a compreender o sentido das nossas acções e o fundamento das ideias de bem e mal, certo e errado.
O homem é eminentemente social pelo que é na relação com os outros que se constitui como pessoa. Isto significa que necessita dos outros, da família, por exemplo, não apenas por questões de sobrevivência mas porque é com a sua contribuição que se realiza como ser humano.
Viver ética e moralmente falando é viver com... é conviver.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Considera as seguintes situações:
Ø
Mentiu às autoridades acerca do paradeiro de um amigo, implicado numa conspiração política. Considerou seu dever proteger o amigo de uma perseguição injusta.

Ø Oferece dinheiro a instituições de caridade porque pretende ser bem visto socialmente.

Ø Para ajudar o colega, deixou que este copiasse no teste.

Ø Participa em campanhas de recolha de alimentos para poder, de alguma maneira, contribuir para minorar situações de extrema penúria.


Identifica:
Ø
A situação que, embora em conformidade com a norma moral, supõe uma intenção destituída de valor ético.

Ø A situação que, embora viole a norma, supõe uma intenção ética valiosa.

Ø A situação em que tanto a intenção como a norma não resistem a um escrutínio ético mais rigoroso.

Ø A situação que responde aos dois requisitos: está em conformidade com a norma e a intenção é valiosa.



A situação que, embora em conformidade com a norma moral, supõe uma intenção destituída de valor ético. ----> Oferece dinheiro a instituições de caridade porque pretende ser bem visto socialmente.


A situação que, embora viole a norma, supõe uma intenção ética valiosa. -----> Para ajudar o colega, deixou que este copiasse no teste.


A situação em que tanto a intenção como a norma não resistem a um escrutínio ético mais rigoroso. -----> Mentiu às autoridades acerca do paradeiro de um amigo, implicado numa conspiração política. Considerou seu dever proteger o amigo de uma perseguição injusta.


A situação que responde aos dois requisitos: está em conformidade com a norma e a intenção é valiosa. ------> Participa em campanhas de recolha de alimentos para poder, de alguma maneira, contribuir para minorar situações de extrema penúria.




2- Aponta algumas razões que, em teu entender, justificam a necessidade de se reflectir sobre as condutas morais.

As normas morais são regras de comportamento moral que indicam o modo de actuação dos indivíduos em contexto social, ditando aquilo que é correcto ou incorrecto, bom ou mau, justo ou injusto.
Assim, por exemplo, as normas “Não matar”, “Não roubar”, “Não invadir a propriedade alheia”, “Não levantar falsos testemunhos”, são regras que nos indicam o modo como devemos agir, na certeza de que estamos a agir correctamente se as cumprirmos e incorrectamente se as desrespeitamos. Por isso as normas morais revelam os valores (de bem, justiça, liberdade, etc.) que adoptamos em sociedade. Reflectirmos, procurando fundamentos, fazendo um exercécio de autonomia mental sobre as condutas mentais faz-nos ter mais probabilidades de agir bem para chegarmos à conclusão do que efectivamente conta e o que é preferível fazer.

3- Considera o seguinte ditado popular: “De boas intensões está o inferno cheio.”

Sim, subscrevo. Esta frase cumpre a função de qualquer ditado de ironizar a situação. Por vezes usamos este ditado popular quando alguém age, no seu entender, bem mas uma acção boa apenas para o próprio e não um bem mais universal.



4- Identifica e formula o problema filosófico aqui referido:

• Aquele que se limita a fugir do castigo e a procurar a recompensa que outros dispensam, segundo normas por eles estabelecidas, não goza de condição melhor do que a de um pobre escravo.

Fernando Savater, Ética para um Jovem, 1993

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

12/01/2010 e 19/01/2010

O que é agir eticamente?

O dominio do ético é o da pessoa e o da sua relação com os outros.
Só a pessoa é portadora de valores éticos e só ela realiza acções susceptivas de avaliação ética.
A conduta ética de uma pessoa tem sempre reprecussão sobre os outros, afectando-os de um e de outro modo; ao agir eticamente, as consequências da sua acção atingem os outros.

O que é uma acção ética?

São acções em que o agente sacrifica os seus interesses pessoais, directos e imediatos, a interesses de terceiros. É por isso, levar em conta os interesses dos outros.

“É assumir-se como espectador imparcial e adoptar um ponto de vista universal”
Singer

Razões que justificam a acção ética. A questão é a de saber porque razão haveremos de ser éticos sendo que a acção ética implica privilegiar o universo em prejuizo dos interesses particulares.
Esta questão sobre a ética recebeu respostas diferentes.


Ø A consciência humana impõe preocupações éticas
O ser humano tem consciência do mundo que o rodeia e de si próprio.
(Consciência reflexiva)
A consciência de si e a consciência em geral envolve o eu e o outro (instituições sociais que balizam o endivíduo e fornecem um quadro de referência.


Ø O interesse pessoa impõe preocupações éticas.
Os nossos interesses não existem isolados, mas estão sempre ligados aos interesses dos outros.
O que é solidário, generoso e leal, estabelece relações gratificantes com os outros e esse tipo de relações é fundamental para desenvolver as suas potencialidades.
Como o ser humano é consciente, capaz de se projectar para o futuro e transcender as coordenadas imediatas do “aqui” e do “agora”, esta ponderação de interesses aconselha o comportamento ético como preferível.


Ø O eu e as instituições
A pessoa é uma construção que depende das interacções que o ser humano estabelece com os outros e do enquadramento das instituições como a família, a escola, o estado, areligião, etc.


Ø A complexidade da relação indivíduo/sociedade
A relação do individuo com as instituições sociais é ambivalente por um lado, a interação social é indispensável para o desenvolvimento do indivíduo, por outro, impõe-lhe regras e constragimentos.
Nas relações interindividuais impõe-lhe encontrar algum equilíbrio em competição e cooperação pois só ele torna possível o desenvolvimento da sociedade.

22-01-2010

Privilegia a razão como ponto de partida do próprio conhecimento e da própria acção
Ética intencionalista - análise da intenção. Ex: matar alguém involuntariamente.

Biografia:

Ø
Emmanuel Kant

Kant nasceu, estudou, leccionou e morreu em Koenigsberg. É um homem muito disciplinado. Levantava-se às 5 horas da manhã, fosse inverno ou verão, deitava-se todas as noites às 22 horas e seguia o mesmo itinerário para ir de sua casa à Universidade. Duas circunstâncias fizeram-no perder a hora: a publicação do Contrato Social de Rousseau, em 1762, e a notícia da vitória francesa em Valmy, em 1792. Segundo Fichte, Kant foi “a razão pura encarnada”.

Algumas obras:

Ø “O Ensaio sobre o mal radical”
Ø “Crítica da Razão Pura”
Ø “Fundamento da Metafísica dos Costumes” (1785), Lisboa, Lisboa editora, 1998

Fundamento da teoria ética de Kant: conceito de Boa vontade ou consciência racional do sentimento do dever.
Definição do conceito de vontade: Faculdade de escolher apenas aquilo que a razão reconhece como necessário ou bom, sem a intervenção de qualquer inclinação. Vontade superior, boa vontade que age por respeito ao dever.

A
boa vontade está submetida a si própria e à intenção subjacente, daí que possua um valor absoluto independente dos resultados ou das consequências.
Por esta razão dons da natureza - talentos do espírito, como a inteligência qualidades do temperamento como a coragem, a compaixão, temperança e dons da fortuna, como o poder e a riqueza, bem-estar e a felicidade quando não resultam da boa vontade, são apenas qualidades que podem degenerar em defeitos.

O ser da boa vontade é o querer. A boa vontade é boa porque quer agir bem, ou seja autonomamente para além de todas as inclinações sensíveis e naturais, interesses e circunstâncias particulares.
A boa vontade é uma decisão da razão prática. A boa vontade e a moralidade não podem ser dadas ao homem por nenhuma entidade mesmo superior, sendo que exige a liberdade.
Agirmos por boa vontade, ou seja, sermos virtuosos e agirmos moralmente, depende de nós e da capacidade de aperfeiçoamento que racionalmente impomos, a nós próprio, pela exigência de obediência à lei moral.
Lei moral – lei comum a todos os sujeitos morais - que constituí o principio do agir e o fim da acção. Esta lei moral radica na boa vontade conta todo o interesse, ganho ou inclinação natural.)

Se eu devo posso, é pela liberdade que o ser humano deve e pode vencer todas as inclinações sensíveis que se opõem à virtude.
Pelas razões apontadas o conceito de dever contém em si a boa vontade.


O dever

Se eu devo posso, é pela liberdade que o ser humano deve e pode vencer todas as inclinações sensíveis que se opõem à virtude.
Pelas razões apontadas o conceito de dever contém em si a boa vontade.
O dever é uma obrigação moral que só é inteiramente cumprida se agirmos por respeito e amor ao dever sem outras condições ou obstáculos subjectivos - sejam estas inclinações, desejos, interesses. Por isso o amor e o respeito ao pelo dever incondicional.
A acção moral por respeito ao dever. A acção só é por dever, isto é a acção só é moral quando nela a intenção ou o motivo coincide com o dever. As consequências efeitos exteriores à minha acção. A acção moral está por isto, centrada na intenção boa determinada pela racionalidade da nossa vontade.

Acção livre não está subordinada a interesses. Realiza-se apenas para o cumprimento do dever.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Aula nº 49 e 50, dia 5/01/2010

ÉTICA E MORAL

Todos vivemos nenhuma sociedade imperfeita o que faz com que estejamos permanentemente em conflito. Mas apesar de tudo é uma sociedade com regras bem definidas. Ao contrário de nós, os animais gerem-se por regras de ordem instintiva (instintos) como a sobrevivência, procriar.


A Ética reflecte criticamente o que a moral estabelece. A Moral é o conjunto de regras concretas.

A Ética é importante por que respeita os outros e a dignidade humana, ética é o que todos temos só falta desenvolver e acreditar no bem, a ética orienta-nos e ajuda-nos para uma
vida mais harmoniosa; Atingir a felicidade está também em atingir a felicidade do outro.

Ética é a disciplina filosófica que reflecte a moral. É um aspecto mais teórico.
Onde nos perguntamos “ Onde é que eu prefiro viver?”

A reflexão ética implica um verdadeiro exercício de autonomia intelectual. A reflexão ética supõe:
Ø Informação suficiente antes da tomada de decisão.
Ø Capacidade para considerar outros interesses além do próprio.
Ø Escrutínio das práticas morais com o objectivo de as corrigir, se necessário.

A reflexão ética permite ainda mostrar porque é que um determinado comportamento é imoral.

A Moral
é o conjunto de regras, normas de uma sociedade ou região. A moral implica conflitos de moralidade; o que é ou não justo.
As normas morais regulam o comportamento dos indivíduos nas suas relações com os outros.


“Ao procurarmos o fundamento dos nossos actos morais e ao escrutinarmos crítica e racionalmente as nossas crenças e valores, temos mais probabilidades de agir bem, porque vamos descobrir o que efectivamente conta conta e o que é preferível fazer.”


A regra moral não é universal. Diferentes culturas vêem a moralidade de formas diferentes.



DIFERENÇA ENTRE ÉTICA E MORAL

A ética confunde-se muitas vezes com a moral, todavia, deve-se deixar claro que são duas coisas diferentes, considerando-se que ética significa a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade, enquanto que moral, quer dizer, costume, ou conjunto de normas ou regras adquiridas com o passar do tempo. A ética é o aspecto científico da moral.